Preconceito
Para cada coisa ruim que acontece sempre existe a possibilidade real de se fazer algo bom, estabelecendo o tal do contraponto tão necessário para que continuemos vivos.
Sou carioca e por isso tenho fama de bom vivant: gostar de samba, não ser preconceituoso e receber bem todos que aportam em minha cidade.
Exceto samba, do qual entendo pouco, os outros predicados eu tenho, graças a Deus.
Por isso, quando me deparei em pleno fim de ano, com parecer da Deputada Juíza Denise Frossard sobre os portadores de deficiência física, tomei um asto (mistura de asco com susto). Sobre o Projeto de Lei (do deputado Nelson Pellegrino) ele disse a seguinte pérola: “a repulsa a doença é instintiva no ser humano” e de que “poucas pessoas sentem prazer em apertar a mão de uma pessoa portadora de lepra ou AIDS”.
Não estou euzinho aqui, querendo controlar o pensamento de uma deputada juíza. Sequer consigo (nem tento) das pessoas que me são próximas. Mas, a questão é que ela com um parecer deste tipo institucionaliza, ou melhor, dizendo, resgata o pensamento dos higienistas que influenciaram o nazismo em meados do século passado. Os portadores de Hanseníase enviaram à “deputada perfeita” a lei nº 9.010/95, que proíbe o uso do termo “lepra” em documentos federais. O Programa Nacional de DST/AIDS, encaminhou ofício ao presidente da CCJC, Antonio Carlos Biscaia, afirmando que a não aprovação do parecer “se faz necessária”..., e que "o respeito às pessoas portadoras de patologias e deficiências deve ser compromisso de todos os gestores e legisladores”. Ela podia ter dormido sem ouvir isso!!!
Como o mundo gira, vamos a São Paulo. Cidade que é do tamanho de muitos países e mais habitada que qualquer grande cidade da América. Sampa tem fama de preconceituosa, mesmo assim costuma surpreender. A arquiteta Mara Gabrilli (secretária municipal das pessoas com deficiência) criou um selo para ser dado a imóveis que possuam acessibilidade. Para ganhar o tal certificado, o imóvel deve, pelo menos, ter acessibilidade na cozinha, na sala e no banheiro. Além dos deficientes, os imóveis adaptados beneficiam também a população idosa. Outra boa notícia: a ONG Escola da Gente lançou o Manual de Mídia Legal 4 – "Comunicadores pela Política de Inclusão”. Se alguém quiser ler mais a respeito visitem o meu site, onde pretendo abrir um espaço maior para pessoas as quais ainda não são dadas o direito de serem cidadãs.
Sou carioca e por isso tenho fama de bom vivant: gostar de samba, não ser preconceituoso e receber bem todos que aportam em minha cidade.
Exceto samba, do qual entendo pouco, os outros predicados eu tenho, graças a Deus.
Por isso, quando me deparei em pleno fim de ano, com parecer da Deputada Juíza Denise Frossard sobre os portadores de deficiência física, tomei um asto (mistura de asco com susto). Sobre o Projeto de Lei (do deputado Nelson Pellegrino) ele disse a seguinte pérola: “a repulsa a doença é instintiva no ser humano” e de que “poucas pessoas sentem prazer em apertar a mão de uma pessoa portadora de lepra ou AIDS”.
Não estou euzinho aqui, querendo controlar o pensamento de uma deputada juíza. Sequer consigo (nem tento) das pessoas que me são próximas. Mas, a questão é que ela com um parecer deste tipo institucionaliza, ou melhor, dizendo, resgata o pensamento dos higienistas que influenciaram o nazismo em meados do século passado. Os portadores de Hanseníase enviaram à “deputada perfeita” a lei nº 9.010/95, que proíbe o uso do termo “lepra” em documentos federais. O Programa Nacional de DST/AIDS, encaminhou ofício ao presidente da CCJC, Antonio Carlos Biscaia, afirmando que a não aprovação do parecer “se faz necessária”..., e que "o respeito às pessoas portadoras de patologias e deficiências deve ser compromisso de todos os gestores e legisladores”. Ela podia ter dormido sem ouvir isso!!!
Como o mundo gira, vamos a São Paulo. Cidade que é do tamanho de muitos países e mais habitada que qualquer grande cidade da América. Sampa tem fama de preconceituosa, mesmo assim costuma surpreender. A arquiteta Mara Gabrilli (secretária municipal das pessoas com deficiência) criou um selo para ser dado a imóveis que possuam acessibilidade. Para ganhar o tal certificado, o imóvel deve, pelo menos, ter acessibilidade na cozinha, na sala e no banheiro. Além dos deficientes, os imóveis adaptados beneficiam também a população idosa. Outra boa notícia: a ONG Escola da Gente lançou o Manual de Mídia Legal 4 – "Comunicadores pela Política de Inclusão”. Se alguém quiser ler mais a respeito visitem o meu site, onde pretendo abrir um espaço maior para pessoas as quais ainda não são dadas o direito de serem cidadãs.
4 Comments:
At 7:11 AM, Anonymous said…
Que ótimas as notícias de Sampa e que pena que a Denise falou (e sente) tamanha besteira. Perdeu meu voto, me desculpe... Já em você eu voto e revoto até pra síndico!! :-)
Beijão
At 5:53 AM, Madame said…
O contraponto. Espero que aja um desequilíbrio neste caso... e para o "lado do bem".
At 4:20 AM, Anonymous said…
Feliz Ano Novo, Paulinho. Tudo de bom pra ti, e muita saíde para conseguir relizar tudo que deseja em 2006.
At 7:04 AM, Anonymous said…
Paulinho,
eu li essa notícia no jornal e quase tive uma síncope. Mas que diabos essa mulher pensa que está fazendo? O dever dela não é fazer melhorias pra população? E qual será o próximo plano dela, construir uma ilha e banir as pessoas doentes do convívio social no continente? Tem cada maluco nesse mundo...
Tenho um amigo tetraplégico que adora o Rio, mas se irrita toda vez que vem pra cá (ele mora em SP): o carioca, apesar de ter adaptado vários acessos para deficientes, não respeita essas áreas, então sempre que se precisa delas, estão bloqueadas por alguém com a mesma "boa cabeça" da nossa juíza. Enfim...
Bjo.
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