Não sei jogar

Sei que é muita pretensão da minha parte, mas a idéia desse (mais um) blog é retratar o dia-a-dia através das lentes (onde estão os meus óculos?) tão pouco usadas por todos nós...

Wednesday, February 01, 2006

Dona Baratinha





A história já é antiga, mas tem sempre algum fato para atualizá-la.
Quando morávamos no bairro de São Francisco, eu e Guilherme ao chegarmos da rua, nos deparamos com mamãe Cris em cima da mesa da cozinha. Em baixo da mesa, lépida e faceira uma barata voadora que é comum aparecer durante o verão. Após o assassinato que tivemos que cometer, dona patroa desceu da mesa e parou de gritar estabelecendo-se a tranqüilidade no lar.
Mudamos de bairro, ou como diria Guilherme, saímos da favela de rico, pois lá morávamos em morro cercados de casarões. Diga-se de passagem, mudamos porque a casa inundou nas chuvas de verão.
Moramos perto de praia atualmente, portanto longe das baratas voadoras. Mas não livres delas para meu azar. Anteontem, fui ameaçado pela dona patroa que ela só retornava para casa se eu matasse a dona baratinha que estava escondida na caixa de livros escolares do Guilherme. Terminado o expediente bancário, lá fui eu para casa realizar a tarefa heróica de caçar barata.
Primeiro tive que carregar a enorme e pesada caixa de livros escolares até a área, para que a bichinha não fugisse e se escondesse em lugar inacessível do apartamento. Foram minutos intermináveis, eu e meu assessor para assuntos aleatórios, Guilherme Cerdera, vasculhando cada cantinho da caixa e página de livro e caderno. Tudo isso para nada, pois a dona baratinha já tinha mudado de endereço. Dona patroa trancada no banheiro, aguardava ansiosamente pelo desenrolar da operação.
- Matou a barata? Perguntou num misto de medo e curiosidade.
- Sim! Respondi piscando o olho para o Guilherme.
- Você tá mentindo!
- Tô não! Se tiver, que caia um raio na minha cabeça! Falei e corri para dentro do apartamento para me proteger. Agora é aguardar o aparecimento da dona baratinha e torcer para que eu esteja em casa. Nessas horas me torno o homem mais corajoso do mundo, tipo Dom Quixote, ou seja lá quem eu possa ser.

10 Comments:

  • At 6:24 AM, Blogger Ronzi Zacchi said…

    Ah! Tb se ela voltar nem dá pra saber se é a mesma...

    Eu tinha uma lagartixa no meu quarto... as vezes ainda lembro da Jacira...

    Vc sumiu do msn ein?

     
  • At 8:58 AM, Blogger Olha...e se eu pudesse entrar na sua vida... said…

    eu me lembro das baratas voadoras do nosso saudoso morrinho... era de lascar!

    barata eh coisa que nunca vi aqui. Mas em compensação, ratinhos comedores de controle-remoto tem a rodo! rsrsrs

     
  • At 10:21 AM, Blogger anouska said…

    amor, matando baratas ou não, você será sempre meu herói!!!

     
  • At 10:42 AM, Blogger Ronzi Zacchi said…

    É que aí as baratas andam disfarçadas de guardas do palácio...

     
  • At 3:12 PM, Blogger Bruno Capelas said…

    Heheheheh... e de pensar que minha mãe quebrou o dedo ao errar o tapa numa barata... :D

    Um abraço!

     
  • At 8:00 AM, Blogger Lili said…

    Não tenho problema com baratas. Não gosto delas, mas consigo duelas numa boa. Agora moscas varejeiras...
    Pegue o pânico de sua patroa e multiplique por 3.
    Bjo.

     
  • At 11:13 AM, Blogger Luiz Afonso Alencastre Escosteguy said…

    AInda vou fazer um estudo antropológico/genético para descobrir a razão das mulheres terem medo de tudo quanto é tipo de insetos, roedores e/ou similares. Semana passada a Kaya foi correndo aos gritos até onde eu estava: "Entrou um morcego no escritório, vai lá tirar aquele bicho de lá, tira aquele bicho..." E lá fui eu de vassoura em punho tirar o monstro. Que, afinal, não passava de uma grande bruxa, daquelas pretas, mas apenas uma bruxa. hehehe mulheres... abração

     
  • At 3:37 AM, Blogger Unknown said…

    Eu não mato baratas. Tadinhas... E nojentinhas, claro... Fazem pleft quando morrem, eca! Mas desde que elas fiquem do lado de fora da minha casa, tenho simpatia.

     
  • At 5:55 AM, Blogger anouska said…

    cruzes, edu, sai pra lá! morte a todas as nojentinhas já! (e que o assassino seja, de preferência, o maridón.)

     
  • At 6:27 PM, Blogger Syrena said…

    eu, enquanto Kate Machoney, num tenho medo de barata, e nem de nada...
    Mas amava uma lagartixa que morava na minha casa.... saudade da Tixa...
    bjs

     

Post a Comment

<< Home

|