Não sei jogar

Sei que é muita pretensão da minha parte, mas a idéia desse (mais um) blog é retratar o dia-a-dia através das lentes (onde estão os meus óculos?) tão pouco usadas por todos nós...

Thursday, April 27, 2006

A Bandeira e o Hino


Estou descobrindo que o estado em que moro adora uma polêmica. Falta de assunto é o que não falta! O penúltimo acontecimento, porque o último ainda está por vir, foi a aprovação do projeto de lei da deputada Alice Tamborindeguy (PSDB). Achou o sobrenome familiar? Isto mesmo, ela é irmã de socialite e presidente da comissão estadual de educação. (Recentemente apresentou projeto de criação de delegacias para atendimento de homossexuais, o qual aguarda entrar na pauta de votação) .
O projeto aprovado, que está dando o que falar, altera Lei Estadual de 1996 sobre a obrigatoriedade da prática cívica nas escolas públicas. No que foi votado e aguarda sanção da Governadora Rosinha (não é a Monkees), os estudantes e professores de escolas públicas e particulares terão que cantar o hino nacional quatro vezes por semana acompanhando o hasteamento da bandeira do Brasil.
Vejamos a justificativa da deputada: "Acho que o brasileiro não valoriza, como deveria, os seus símbolos... Falta patriotismo, e esta medida é importante para educarmos nossas crianças com estes valores, importantes para a sociedade."

Voce acredita como a deputada que tal medida ajude os jovens cariocas a valorizar nossos símbolos nacionais. Na sua opinião isto é importante?

22 Comments:

  • At 4:09 AM, Anonymous Anonymous said…

    Só se vier acompanhada de palmatória, pra enfiar na fuça do primeiro engraçadinho que cantar o hino errado de propósito. Sério, pelo menos isso não atrapalha. Eu particularmente acho bom. Essa molecada de hoje não respeita bosta nenhuma.

     
  • At 4:21 AM, Blogger Paulo de Tarso said…

    Cabamacho,

    Nisso vc tem razão. Tem aborrecente
    marrento que esculacha tudo o que pode...
    abração,

     
  • At 7:14 AM, Anonymous Anonymous said…

    Paulo, não sou nem um pouco ufanista. Ainda assim, reconheço que tal lei, se aprovada, não atrapalha, como bem disse Cabamacho. Nossa geração ficou meio avessa a tudo que se confunda com disciplina, repetição, muito por conta de tudo de ruim que a Ditadura Militar nos legou. Mas, se é importante para a sociedade como um todo se ver simbolizada por hinos (e toda a prática que envolve a sua memorização) e assemelhados, não vejo por que não.
    E não nos esqueçamos de que o tal projeto de lei deve ser o máximo que a "nobre" deputada pode conseguir nos seus esforços cognitivos.
    Relevemos.
    Pior são muitos de nossos vereadores que apresentam como projetos de lei trocas de nomes de ruas para homenagear o fulaninho tal... tão importante para a identidade do bairro "X", não é não?!

    Meu abraço.

     
  • At 9:06 AM, Anonymous Anonymous said…

    Hmmmm... polêmica é mato por aqui hein? rs.

    Eu acho bom. Concordo com a parte que "os brasileiros não valorizam seus símbolos". Não que isso vá mudar tudo mas, não deixa de ser um começo. Quando vc valoriza seus país, sua "pátria" (assim mesmo, entre aspas) sua maneira de se relacionar com ela começa a mudar.

    Criar uma geração de alienados não vai mudar nada nessa bosta de país. E se tem que ser assim, na imposição, que seja. Pode não resover p* nenhuma mas mal não vai fazer.
    Quem sabe assim eles descubram que são e onde estão. Não vai ser um hino e uma bandeira que farão isso mas... não seria isso um começo?

    Bota essa molecada pra cantar o hino sim!!! rs

    Bjo!

    Bjo!

     
  • At 9:10 AM, Anonymous Anonymous said…

    Ah, agora eu vou me meter!
    Recebo no trabalho a Ordem do Dia da Alerj. No dia em que esta proposta foi apreciada, era a coisa menos interessante da pauta.
    Nada contra hino e bandeira nas escolas, muitíssimo pelo contrário. A lei que obrigava á realização da cerimônia semanalmente era meio bestinha, que uma vezinha só por semana não dá nem pro povo sentir o que é patriotismo.
    Aumentar pra duas vezes me parece totalmente ridículo. Obriga logo a fazer todos os dias! Ou a D. Alice (Tamborindegui) acha que dá pra ser patriota só às segundas e sextas? Ah, tenha santa paciência!

     
  • At 10:06 AM, Blogger Syrena said…

    Hino todo dia, 4, 3, duas ou uma vez por semana, não acho q faça diferença, o que realmente importa é como ele é tocado, como as crianças e os adolescentes vêem o momento da sua execução... sempre que há Copa do Mundo, quando o hino é tocado, as pessoas se arrepiam, pq nesse momento, elas sentem o significado, ao simbologismo daquela música, representando nosso país, mesmo que seja numa cerimônia, meramente esportiva... eu acredito em executá-lo sim, pelo menos uma vez por semana, e cito um exemplo... no colégio do meu filho toda sexta é dia de hino... e essa é sempre uma ocasião solene... todos os alunos devem estar impecavelmente uniformisados... e todos se reunem no pátio da escola... as bandeiras da escola, do estado, e do Brasil, são levadas pelos alunos ecolhidos (e essa é outra grande motivação, ser o escolhido para ter a honra de carregar as bandeiras) e os hinos nacional, e da escola, são cantados... as crianças curtem muito esse momento, e aprendem a respeitar, de pequenas... pq vêem o orgulho dos pais que muitas vezes ficam para assistir o evento, em ver que os pequeninos sabem se comportar e cantam a música inteira, sem titubear... e isso fica marcado neles... vejo isso no Pedro, que já entrando na pré-adolescência, sabe o hino de cor e respeita sempre q, em qq lugar, o ouve... como tudo na vida Paulinho, a base é a educação, se fizermos isso com eles desde pequenos, eles aprenderão... e depois, se bem não fizer, pelo menos mal tb não faz...
    Bjs

     
  • At 11:09 AM, Anonymous Anonymous said…

    Acho que podiam trocar a cantoria do hino pela leitura diária, em voz alta, de alguma notícia importante sobre a corrupção no país ou outro assunto importante, de modo a destilar um pouquinho a dignidade que anda latente na veia de nossos jovens.
    Mas não é disso que a gente foi convidado a falar. Então, voltando ao assunto, acho bom que se cante o hino sim, e se leve isso a sério, e não se use isso como pretexto pra cabular 5, 10 até 15 minutos de aula por dia, que a gente já tem prejuízos demais pra contabilizar na educação pública.

     
  • At 12:34 PM, Blogger Paulo de Tarso said…

    Syrena,

    Gostei do exemplo da escola do Pedro. Na AEN, isto não existe. Só que pela Lei, caso seja sancionada pela Governadora, passará a ser, sem nenhum problema. Espero!!!

    Guga,
    Caso a Lei seja sancionada nos próximos dias, ela atingirá todas as escolas, até as particulares.

     
  • At 2:10 PM, Blogger Madame said…

    Bom, é uma coisa "legalzinha" mas que com certeza não ira aumentar o patriotismo de ninguém.

    Em mim, quem despertou o patriotismo foi um professor de literatura que de tão apaixonadado pelo país nos contagiava de uma maneira fantástica. Era divertido e tinha o tom exato em escolher e nos apresentar filmes, músicos e escritores que tinha certeza, nos cativaria.
    O difícil é encontrar tantos dispostos quanto ele...

    Beijos papi!

    [Vocês não virão mesmo para SP??]

     
  • At 2:29 PM, Blogger Paulo de Tarso said…

    Lili,

    Gostaria que todos os brasileiros, latinos e terceiro-mundistas, aprendessem a mar seus países/continentes através da Educação.

    bjs,

    P.S. Não, não iremos não. Ficaremos por aqui e veremos o Wagner Tiso se apresentar na praia de Icaraí no domingo.

     
  • At 4:45 PM, Blogger Bruno Capelas said…

    Back to anos 70 de novo não!

    Um abraço!

     
  • At 5:02 PM, Anonymous Anonymous said…

    Paulinho,

    Devo concordar com a Syrena. Desde de criança me acostumei com isso. Estudei em Colégio Militar e todas as sextas-feiras era dia de formatura geral, com hino e hasteamento da bandeira. Também tínhamos a guarda bandeira e era a maior honra ser convidado (merecer) ser membro dela. Eu fui, heheeh e tenho foto que guardo até hoje, 30 anos passados.
    Ser obrigatório ou não é irrelevante. Tudo depende de como as crianças e adolescentes são incentivados.

    Agora, que essa tal fez isso daí só pra aparecer...

    abs

     
  • At 6:41 PM, Blogger Paulo de Tarso said…

    Mutante,

    Eu fui do Centro Cívico Escolar. Não gosto de lembrar das obrigações que cumpríamos por conta
    do regime governamental que esse país já teve. Mas, acho legal que incentivemos o amor ao país, sem pátria de chuteiras ou qualquer outro tipo de manipulaçao de mídia.

    abs,

    D. Afonso,

    Vc tem razão quanto a deputada Alice!Também gostei de saber que vc ainda tem fotos do período em que estudou no CM. Quando puder reviva esse período com as devidas fotografias no seu Blog. hehehehehe

     
  • At 8:12 AM, Anonymous Anonymous said…

    Concordo com a Syrena e o Afonso: só o hino não basta, tem que ter o significado e a solenidade da coisa. E embalado pelo seu pensamento, Little Paul, digo mais: deveria haver também mais educação a respeito dos nossos países vizinhos, mostrando tudo que de lindo existe em cada um deles (e não é pouca coisa!).

    Um BEEEEEEIJO! :-)

     
  • At 4:55 PM, Blogger Paulo de Tarso said…

    Edu,
    Bacana vc lembrar dos vizinhos. Precisamos também do sentimento latino-americano. Afinal de contas
    precisamos de unidade continental para fazermos o barco andar em direção a lugfares melhores!

    Beijão,

     
  • At 6:56 AM, Anonymous Anonymous said…

    Não sei, Paulinho. A força nem sempre é boa, mas a disciplina educa.
    Na minha época de escola - e nem faz tanto tempo - a gente cantava o hino toda segunda antes da 1ª aula. E cantava os outros (da bandeira, da independência...) nas datas comemorativas. Era resquício de ditadura e, por mais que na época eu não gostasse muito, hoje vejo como foi importante. Fico impressionada em ver que as pessoas não conhecem a identidade do próprio país. Fingem cantar o hino em jogo do Brasil e olhe lá!
    Mas 4 vezes na semana... será que não vai causar birra por parte das crianças?
    Bjo.

     
  • At 7:14 AM, Blogger Paulo de Tarso said…

    Lili,,
    também (por causa da DM) sei cantar
    o Hino da Bandeira e o da Indepêndência. Hj reconheço que de alguma forma isso me ensinou algo em relação ao amor que tenho pelo país e o ódio que tenho a Ditaduras.

    bjs,

     
  • At 8:34 AM, Anonymous Anonymous said…

    Será que a nobre deputada e sua irmã cantavam o hino em suas escolas quando crianças? Caso afirmativo, acho que o projeto de lei não deverá ser aprovado. O resultado, nestes dois exemplos, parece atestar a nulidade de tal procedimento na formação tanto de parlamentares quanto de colunistas sociais! hehehehe

     
  • At 11:21 AM, Blogger Homem, Homossexual e Pai said…

    que tal eles usarem melhor o dinheiro publico ao inves de gastra papel e tinta com leis exdruxulas...assim vamos valorizar mais nosso pais.
    AH, os filhinhos dela, que provavelmente estudam na SWIZTERLAND não vão ter que cantar o hino não é mesmo?
    E da-lhe bolsa familia!

     
  • At 6:33 PM, Blogger Paulo de Tarso said…

    Pai,

    Alice é autora de um projeto de lei que ainda não foi votado que permite a criação de delegacias especiais para atendimento de homossexuais. Fora isso, é irmã de socialite e do PSDB.

    abs,

     
  • At 4:12 AM, Anonymous Anonymous said…

    Sobre delegacias especiais para homosexuais, parece que o tema não tem consenso dentro deste grupo. Recentemente, participei de um curso sobre "Gênero e Violência" na UFRJ onde se discutiu muito a funcionalidade das DEAMs (delegacias de mulheres) e do andamento de processos iniciados ali. Um debatedor, Prof. Sergio Carrara, da UERJ (CLAM/IMS/UERJ), explicou que os diversos grupos de gays, lésbicas, transsexuais, travestis... têm características e demandas muito diferentes, em se tratando de violência. Vale ler suas pesquisas!
    Acho que temos é mesmo de ter delegacias com profissionais altamente qualificados para atender todas as pessoas que tiverem necessidade de atendimento. E ponto.

     
  • At 8:28 AM, Blogger Paulo de Tarso said…

    JÔ,

    Também acho que não se deve separar quando se tratar desse tipo de questão. Por sinal, temo qualquer tipo de separação.
    Como posso ter acesso as pesquisas do professor???bj,

     

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