Não sei jogar

Sei que é muita pretensão da minha parte, mas a idéia desse (mais um) blog é retratar o dia-a-dia através das lentes (onde estão os meus óculos?) tão pouco usadas por todos nós...

Saturday, January 22, 2011

Na sala, no quarto e no banheiro

Estou na sala escrevendo. Observo os chinelinhos largados em frente ao sofá. No banheiro seus produtos de beleza estão esperando pelo uso noturno. No quarto, a baguncinha das tintas, madeiras e papel que esperam pela hora da pintura. Por todas as partes há marcas suas espalhadas pelo apartamento.

Não me acostumo em ver isso e você não estar por perto, parece que sinto o cheiro da pessoa sem tê-la ao lado. Fico achando que é imaginação ou memória visual/olfativa. É melhor arrumar tudo e fazer parecer tudo longe.
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Friday, June 12, 2009

Quase namorados

Hoje é dia dos namorados no Brasil.

"Segundo a versão mais conhecida. a comemoração teria se originado na Roma antiga, no século III.

O padre Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.

Além de continuar celebrando casamentos, ele casou-se secretamente, apesar da proibição do imperador. Tendo se recusado a renunciar ao Cristianismo, Valentim foi condenado à morte. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão.

Antes de partir, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pã (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade".

No Brasil, a sua origem remonta a 1949 quando um publicitário apresentou a idéia de comemorar o dia a um grupo de comerciantes. Isso ajudou o comércio do mês de junho, mas também ligou a data em nosso país a comemoração de Santo Antonio, o casamenteiro.

O que me faz escrever hoje sobre o assunto, é que nem todos nesse dia estão namorando, noivando ou estão casados para ter com quem comemorar. Por isso gostaria de dedicar esse dia também aos QN (quase namorados). Aqueles que não possuem namorado(a), mas pensam em ter ou até já dedicam seus pensamentos/sentimentos a alguém. Espero que eles não desistam, que o tempo seja rápido e os ajude no amadurecimento. Que amar é também passarmos algum tempo sózinhos e assim podermos perceber o quanto é importante termos alguém ao nosso lado.
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Wednesday, June 03, 2009

O piercing


Ontem ela voltou a falar em colocar piercing. Da minha parte nada falei. Nunca me oponho ao que ela diz desde que não haja riscos, é claro. Hoje ao abrir a caixa de email, deparei com notícia sobre os riscos que corre quem coloca o dito cujo. Me impressionou as diversas infecções que ele causa, dependendo do lugar em que se coloca. Mas o que me deu calafrios foi uma tal de endocardite . Sempre que alguém me fala em colocar piercing penso em: javali, João Gordo e na moça do bbb.Mas na inflamação dos tecidos cardíacos foi a primeira vez. Agora tô aqui deitado pensando se ela vai aparecer furada amanhã. Vou procurar o telefone do Pró-Cardíaco,por via das dúvidas e precauções.
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Friday, March 13, 2009

Morar e viver


Quando eu percebi já tinha uma escova de dentes ao lado da minha . Sinal de que alguma coisa havia acontecido naqueles meses de convivência. Ríamos e éramos cumplices, contávamos histórias e brincávamos, contínhamos as lágrimas e exercíamos a solidariedade... Não premeditamos morar juntos. Éramos água e vinho, sol e lua e às vezes fogo e gasolina. Não havíamos concebido a vida intensa lado a lado. Gostavamos um do outro, mas tínhamos sonhos desfeitos e ideais destruídos, vidas começando e terminando. Em nossa casa não havia bichos e no começo nem plantas. Contemplávamos o silêncio de um e a fala longa do outro. Mas, nem isso nos exasperava. Tínhamos paciência um com o outro, trocavamos carinhos e fazíamos grosserias por conta dos nossos orgulhos. As vezes saíamos sem direção para comer ou simplesmente para andar a esmo. Éramos poucos e muitos, estávamos juntos e separados... Escutávamos música e silêncio, líamos letras e números, sentíamos fome e sede. Mexíamos um dentro do outro sem percebermos as alterações nos nossos destinos...
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Wednesday, February 18, 2009

Verdades ou mentiras?

Mentira ou ficção? Toda vez que me deparo com alguma obra artística baseada em fato real, fico com a pulga atrás da orelha. Não que seja impossível alguma obra se basear em fato real. Alguns até públicos. Mas que isso influencia a ida a livraria, ao cinema e ao teatro eu não tenho dúvidas. Pois aqui mesmo na blogosfera, quantas vezes não me pego imaginando que o que está bem escrito como tendo acontecido, não passa de uma bela mentira. São viúvas tentando se levantar diante da vida difícil e solitária. Desempregados que para não enlouquecer trazem trechos interessantes da sua história. E assim vai.... Quando nos vemos, estamos postando comentários ora incentivando, ora propondo ou sugerindo algo. Assim achamos que vamos impedir um suicídio ou dirimir a fome de alguém... Na maioria das vezes a única coisa que conseguimos é aumentar as estatísticas de acesso ao tal blog do sujeito que enviuvou, ficou desempregado e não tem com quem deixar os filhos pequenos para procurar novo emprego.
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Paciências


Hoje foi um dia desses de ter e reproduzir preguiça. Sequência do passeio de ontem, por Copacabana e rua da Alfândega, onde não comprei nada, mas olhei e comi tudo com os olhos que a terra há de comer um dia. Acho que não nasci para fazer coisas sozinho, mas descobri isso tarde demais. Se tivesse sido ao contrário teria o problema quase crônico de não achar alguém para me acompanhar. O capitalismo é assim: uns batem pernas sem dinheiro, enquanto outros imaginam os lugares onde nunca foram para não terem que gastar seu cascalho.

Mesmo sendo assim duvidam da minha paciência ou do que sou capaz. Sei esperar em fila de todos os tipos, de corte de cabelo até de loteria acumulada. Sou paciente com o outro e principalmente com quem é muito próximo. Mesmo que com quem convivo seja impaciente, ansioso e roa unha. Crio amigos assim e destruo inimigos, caso eles existam. Assim vou vivendo, cada vez com menos cabelos, que a cada corte me fazem mais leve. Entre o sono que chega cedo e a máquina de lavar que nunca acaba sua tarefa, vou testando minha paciência. Não sei como definir isso, mas vovó era assim e eu fiquei com o exemplo feliz e tranquilo. Em silêncio...
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Thursday, February 12, 2009

Aniversário completo

Talvez ninguém leia meu post de hoje. Talvez quase ninguém saiba que dia é hoje para mim. Mas talvez algum dia alguém saiba o que significou adquirir um motor 4.9 para seguir mais um ano.

Prá mim aniversário precisa ser completo. Não precisa de torta, mas precisa de afeto bem doce. Não precisa ser dia especial, mas se puder enxertar com atividades diferentes será bem vindo. Que tenha café da manhã se não tiver almoço, passeio em lugar verde mesmo que esteja chovendo. Cinema ou teatro e qualquer coisa que dê emoção na flor da pele. E que por mais que resista a atender tantos telefonemas num dia desse tipo, que eles venham das pessoas que tanto amo nessa vida. Que o vinho e a cerveja não sejam em excesso, para que eu reconheça todas as pessoas. Que as horas passem lentamente. Que amanhã seja o dia de lembrar do Dia de hoje.
Que esse dia sirva para lembrar que eu amo a vida. Amo ao meu próximo. Amo a todos que me lêem. E que sou muito feliz por ter ao meu lado quem me ama de verdade, mesmo sem torta e parabéns !
E se sou mais feliz, é porque também sou mais sereno. E quem me ensinou a importância da serenidade, habitará todos os meus aniversários enquanto eu viver...
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Sunday, November 25, 2007

Distância

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"Como homem ciumento eu sofro quatro vezes: por ser ciumento, por me culpar por ser assim, por temer que meu ciúme prejudique o outro, por me deixar levar por uma banalidade; eu sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum". Barthes

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