Não sei jogar

Sei que é muita pretensão da minha parte, mas a idéia desse (mais um) blog é retratar o dia-a-dia através das lentes (onde estão os meus óculos?) tão pouco usadas por todos nós...

Friday, November 03, 2006

Tristesse

Eu diria que é de cada um a manifestação de tristeza. Só que o triste é vermos que nada adianta adentrarmos sobre nossos sentimentos ruins. Fecharmo-nos em concha ou mergulharmos em depressão. Cada um com seu cada um, mas será que temos algum direito sobre o outro? Será que é só egoísmo isso de vivermos nossa vida sem termos que dar satisfações? Penso e repenso o assunto quando vejo alguém mergulhado em angústia capaz de abrir outras portas de percepção. As vezes acho que tentamos suicídio todas as vezes que enveredamos pelos caminhos fáceis dos sentimentos negativos. Desistir, não tentar, postergar, dormir sem querer ter hora para acordar. Não olhar para dentro e para fora, não buscar a vida incessantemente, perguntar e responder. Sei lá meu Deus porque o homem precisa ter problemas. E mais não sei quando não os tem por precisar criá-los...
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Thursday, November 02, 2006

Professor Emir Sader


A notícia dessa semana de que um professor da UERJ havia sido condenado em primeira instância, revoltou a todos os cidadãos de bem desse país.

Alguém ser condenado por um Juiz por chamar um senador do PFL de racista, parece no mínimo uma provocação ao bom senso.

Além do mais, a condenação foi sui generis, o réu poderá cumprir um ano de cadeia ou de trabalho voluntário, além de perder o seu emprego público na Universidade Estadual. É mole ou quer mais? Isso é o que dá você responder a ameaça de um senador pefelista que não vale a pena a gente citar o nome. Até porque não sei alemão para conseguir escrever seu nome. Por favor, não achem que eu sou racista ou xenófobo e tenho algo contra alemães. Só não concordo com nazistas, seja qual for a sua nacionalidade.

Não sou amigo do professor, nem fui seu aluno em algum momento da minha vida, portanto sou insuspeito para defendê-lo. Quando ele afirmou num texto contundente que o senador era racista, não foi gratuito. Ele estava se defendendo dos ataques verbais proferidos da tribuna pelo pefelista.

Parece que o Juiz só leu os autos do processo feitos pelo advogado do senador. Se tivesse passado as vistas nos jornais da época, teria notado que era legítima a defesa. Portanto quem deveria ser condenado? O senador que prestou serviços a Ditadura Militar ou o professor que formou uma geração para que ela almejasse e lutasse pelos direitos humanos?
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